Nosso foco

Este espaço tem uma visão crítica da ciência, do humanismo e do laicismo como base palpável para apoiar as relações do homem com a natureza e das relações dos homens entre si. Este tripé é a base das relações sociais que devem ser usadas.

sábado, 19 de junho de 2010

Homenagem a Saramago,





Depois que eu li seu livro sobre Caim, que escreveu tão mal sobre o assunto, além de ser uma grande adepto do Totalitarismo e das ditaduras castrantes da humanidade.







Que proteção obteve Abel ao destruir sua melhor ovelha?

Caim matou Abel?

Diz a lenda que Caim e Abel teriam feito sacrifícios para Deus com as próprias criações de Deus, destruindo-as com fogo, como se Deus não soubesse fazer isto ou já não estivesse cansado de tanto fazer o mesmo na história das desumanidades. E que isto, para os Seus olhos e os Seus sentimentos sensíveis tivesse algum sentido. Abel teria sacrificado (morto e queimado na fogueira como bem mandava a tradição herege de outros povos) uma ovelha, a melhor ovelha (O que teria feito ela a Deus para este desejar assim o seu fim tão inútil. Que ser poderia apreciar e planejar atos inúteis deste modo?). E Caim teria sacrificado frutos da suas plantações. Alegam os seus detratores que seriam restos da colheita e não a melhor parte. Deus teria aceitado as oferendas de Abel e desprezado as de Caim, provocando neste último, como Ele bem sabia que provocaria e que estava determinado pela Sua onisciência e pelos Seus planos traçados na Sua sapiente sabedoria que traça os destinos do mundo, um ciúme pela rejeição sofrera do Senhor. (A mesma inveja e raiva que provocaria anos mais tarde a construção discreta da Torre de Babel n’Ele levando-O a destruí-la.)

Deus não só planejara as coisas assim como são, como sabia dos resultados das Suas ações, ou não seria um Deus dos judeus se as coisas ocorressem apenas ao acaso, naturalmente.

Pois a rejeição das ofertas de Caim por parte de Deus provocou o planejamento e a morte de Abel. Caim foi confrontado e punido pelo seu ato por Deus sendo banido pelo mundo (ele não tinha grande coisa mesmo) tendo uma vida longa e gerando milhares de descentes pelo mundo. Já Abel foi vítima do primeiro estelionato da história dos Deuses ao ter a sua oferta das suas primícias terem, alegadamente, sido aceitas, mas acaba sendo morto e eliminado numa maligna demonstração da inutilidade das alegadas ofertas e a proteções vendidas por Deuses para que os humanos destruam suas propriedades em ofertas em Seus nomes. Abel pereceu sem a mínima proteção do Senhor, sem a menor movimentação de uma palha que pudesse protege-lo do mal que se avizinhava e que só o Senhor dos judeus planejara consigo mesmo no início dos tempos, sem nenhum aviso para poder usar o seu livre arbítrio como fizera Caim, e acabou inclusive sem descendência que honrasse a sua memória. Sem sua melhor ovelha e sem vida jogado no chão como acabaria qualquer um descrente.

Caim e Abel eram dois idiotas por acreditarem na realidade das oferendas e nos sinais de aceitação pelo Senhor dos judeus. Caim se mordeu de ciúme de uma coisa que nem ao menos serviu para qualquer proteção para Abel além de perder um belo espécime de ovelha para o fogo inútil ou mitigou a sua dor. Nem mesmo os pais de Abel tiveram um alento com a aceitação do Senhor que provocara apenas e unicamente o ciúme de Caim.

Até muito tempo depois, de milhares de anos, o prêmio de receber a vida eterna nos Céus ao lado do Senhor não fora revelada (A única onipresença que tem lado). As proteções falsas, ou mais precisamente, apenas a garantia de não ser castigado como prêmio foi vendida pela casta sacerdotal judaica em pagamento do dízimo foi o que valeu, por três mil anos. Vida eterna e um mundo de contemplação ouvindo os anjos e olhando a face de Deus para o todo sempre só seria prometido pelos sacerdotes muito depois frente ao descrédito de tão poucos créditos ofertados por Deus dos judeus aos mesmos. Seus invejosos ladrões de Deus prometeriam um céu de recompensas em troca da escravidão em vida devotada aos sacerdotes e suas alegações de uma Boa Nova. Todos descendentes de Caim, sem sangue judeu, agora poderiam ir para o Céu ao lado do Deus dos judeus antes só prometido para os mesmos, não apenas o povo que Ele escolhera.

Mas, se Abel foi para este céu que ninguém jamais tinha tido conhecimento de modo tão fácil assim, não teria havido justiça frente a uma vida que nunca foi testada pelo ciúme, pela inveja, pela rejeição, pelo rabo de saia, pelas dificuldades da vida e as dúvidas da fé das quais ele jamais foi confrontado. Como reagira Abel se suas ofertas fossem rejeitadas em vez das de Caim? Como reagiria se tivesse sobrevivido aleijado depois de todas as oferendas dadas ao Senhor que as aceitara e nada fizera? Deus sabia todas as respostas? Por que então tentou Abraão mandando-o sacrificar Isaac se Lhe era facultado a saber de antemão todas estas coisas? Mas Deus também sabia a resposta de que Caim falharia de antemão e não fez nada para suspender o teste de algo que também já sabia a resposta e assim planejara como seria ao construir a Sua criação antes mesmo de estender a Sua mão divina e erguer a primeira pedra. Por que Adão e Eva foram punidos pela perda de seu filho amado se eles ensinaram tão bem a Abel a temer a Deus e os rituais certos para que este fizesse as ofertas ao Senhor de modo correto, para que Ele ficasse satisfeito e os aceitasse? Por que foram punidos pela inveja de Caim que certamente teriam agido para corrigi-lo se para isto fossem avisados pela única entidade que sabia o que provocara na mente de Caim? Com que livre arbítrio contaram Abel, Adão e Eva se nada sabiam do que tramava o Senhor na Sua imensa sabedoria? Se Abel foi realmente para o céu gozar por toda a eternidade que mal poderia ter sido atribuído a Caim por tal fato divinal? Por um gesto apenas todo o sentido da criação teria se completado e salvado Abel de qualquer perigo de se perder o rumo nas vicissitudes e tentações da vida que foi dispensado de enfrentar.

Sei que o amigo devoto vai dizer que isto são mistérios que a nós não cabe ser revelados ou entender. E eu responderei que na verdade o mistério é perdermos tempo com quem alega saber dos mistérios e nos contam histórias da carochinha e lorotas sem fim como se fossem revelações das quais não sabem nada e nem mesmo interpretá-las.


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